Apresentamos dois projetos que irão proporcionar uma maior interação entre alunos e professor:
Apresentação de quadrilha junina.
Objetivos
- Montar uma coreografia para ser apresentada na festa junina.
- Desenvolver a noção espacial (do aluno em relação a ele mesmo, em relação aos outros, em relação ao espaço de apresentação e em relação à plateia) e a noção rítmica (respeitar o andamento da música, acompanhar o grupo, dançar dentro da melodia musical).
Conteúdo específico
Quadrilha Junina nordestina
Anos
1º ao 5º ano
Tempo estimado
8 aulas
Material necessário
Aparelho de som, computador com acesso à internet, uma folha de sulfite, lápis para todos os alunos, uma cartolina e pincel atômico.
Desenvolvimento
1ª Etapa
Compartilhe o projeto da Quadrilha com os alunos, explique o que será feito e, em seguida, brinque com ao turma de "Mestre mandou": coloque uma música animada e deixe que dancem livremente, pause a música repentinamente e dê uma ordem precisa de formação coletiva no espaço. Por exemplo: "Mestre mandou fazer uma roda"; "Mestre mandou fazer duas rodas, uma dentro da outra"; "Mestre mandou fazer um quadrado"; "Mestre mandou fazer um triangulo"; "Mestre mandou fazer a letra X", a letra "S", a letra "U"; "Mestre mandou fazer duas filas lado a lado"; "Mestre mandou fazer quatro filas", e assim sucessivamente.
2ª Etapa
Mostre dois ou três vídeos de Quadrilhas Juninas e peça que as crianças registrem, em forma de desenho, as várias formações no espaço que são produzidas ao longo da coreografia. Esta etapa pode ser feita com base nos vídeos disponíveis em https://abr.io/quadrilha1 ou emhttps://abr.io/quadrilha2. Analise com as crianças o resultado dos desenhos, mostrando quais formas geométricas são usadas na Quadrilha, que ora as linhas são retas, ora são curvas e que a maioria dos desenhos é simétrica. Questione quais outros desenhos existem e que são possíveis de se fazer numa coreografia e peça para que a turma desenhe - individualmente ou em pequenos grupos.
3ª Etapa
Com base em todos os registros feitos, eleja com os alunos quais desenhos no espaço farão parte da Quadrilha deles. Disponha as imagens em uma ordem que facilite a ligação entre todas elas. Leve as crianças para um local espaçoso e teste a ordem estabelecida. Faça as alterações necessárias e desenhe toda a sequência em uma cartolina, como uma grande partitura coreográfica, para que os alunos visualizem bem como será a coreografia.
4ª Etapa
Escolha uma música brasileira bem animada. Ela pode ser instrumental ou cantada. Caso seja escolhida uma com letra, verifique o conteúdo para saber se é adequado à turma. Determine com que passo os alunos irão se deslocar durante a coreografia.
5ª Etapa
Depois que os alunos estiverem relativamente confortáveis na estrutura coreográfica (com a ordem dos desenhos decorada e fazendo o passo básico no andamento da música), acrescente movimentos dançantes para as outras partes do corpo, incrementando a coreografia e criando "elementos surpresa" para a plateia, como por exemplo, fazer gestos com os braços, bater palmas em determinado momento, dar pulinhos que façam o corpo girar, fazer movimentos com a cabeça ou com o quadril, agachar ou ajoelhar, realizar flexões de tronco, além de outros movimentos que já tenham sido trabalhados nas aulas de dança e façam parte do repertório dos alunos. Lembre a todos que esta é uma dança coletiva, onde se dança com o(s) outro(s) e para a plateia.
Avaliação
Para se fazer uma avaliação que tenha sentido e seja útil para os alunos, o ideal é filmar um ensaio e mostrar para a turma. Passe o vídeo duas vezes seguidas para que tenham a oportunidade de olhar, na primeira vez, o que quiserem e, na segunda, o que você deseja que a garotada observe. Depois, abra para comentários onde eles mesmos possam mapear o que está bom e o que precisa ser melhorado.
Lembre-se de estabelecer critérios objetivos a serem observados, tais como musicalidade, memorização da coreografia e noção de grupo. Levante com os alunos o que deve ser feito para sanar os eventuais problemas ou dificuldades.
Esta atividade avaliativa deve ser feita com tempo suficiente para que ainda haja vários ensaios antes da apresentação. Se possível, filme a apresentação dos alunos e exiba novamente para que eles possam assistir às próprias performances e compará-las em diferentes momentos, observando o que se alterou e o que permaneceu igual ao ensaio filmado e, ainda, o quanto é diferente dançar sem a plateia e com a plateia.
Produto Final
Apresentação de uma Quadrilha Junina à comunidade escolar.
Fonte: https://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/
Jogo de boliche
Objetivos
- Construção e ampliação de um repertório de cálculos memorizados.
- Elaboração de procedimentos de cálculo mental.
- Resolução e elaboração de problemas a partir de contextos de jogo.
Conteúdos
- Cálculo mental de adições e multiplicações.
- Resolução de problemas.
Anos
2º e 3º
Tempo estimado
Em torno de 15 aulas.
Material necessário
- Dados, argolas, garrafas pet, cartolina, papel sulfite, etiquetas e fita colante para a confecção dos jogos e tabelas de resultados.
Diagnóstico inicial
Nessa etapa, o objetivo é verificar quais cálculos os alunos já resolvem com autonomia e quais ainda não. Para isso, organize uma avaliação diagnóstica em que apareçam cálculos como adições cujo resultado seja igual a dez (1+9, 2+8, 3+7, 4+6,5+5), de números de um algarismo (8+3, 6+7 etc.), adições de parcelas iguais (5+5, 4+4, etc.), de números redondos ou terminados em cinco (20+20, 30+60, 25+25, 45+15 etc.) e outros terminados em diferentes unidades (63+15 etc.). Ao orientar a classe para a realização dessa atividade, peça que cada um registre, ao final da avaliação, quais cálculos eles já sabiam o resultado, quais foi possível calcular mentalmente e quais foi preciso fazer uso do cálculo escrito (seja por meio de estratégias pessoais ou do algoritmo). Explique para a turma que é importante realizar a atividade individualmente para que possa conhecer bem o que cada um já sabe sobre cálculos de adição e, assim, propor boas atividades para todos.
Desenvolvimento
1ª etapa
Sempre que apresentar um novo jogo, distribua uma cópia da regra para cada um e leia conjuntamente com a turma:
Regra do Jogo de Boliche: Cada garrafa possui uma pontuação que varia de acordo com a sua cor: amarelas (3 pontos), azuis (4), verdes (5) e vermelhas (6). Jogue a bola e tente derrubar o máximo de garrafas possíveis. Atenção: para fazer o lançamento não é permitido ultrapassar a linha traçada no chão pela professora. Cada aluno pode fazer apenas três lances. Some os pontos das garrafas que conseguiu derrubar. Ganha aquele que fizer mais pontos.
Antes de iniciar o jogo com a sala, organize as garrafas em forma de um triângulo (na base quatro garrafas, em seguida três, depois duas e, na ponta, uma garrafa - aqui seria melhor inserir um desenho) e faça uma linha com giz para indicar o local onde os alunos devem fazer o lançamento.
No jogo de boliche, pode-se atribuir uma pontuação única para as garrafas para trabalhar com somas sucessivas de um mesmo número e favorecer a construção de um repertório multiplicativo (por exemplo, se as garrafas valem cinco pontos e, uma criança derruba 7 garrafas, ao longo de suas tentativas, terá que somar 5+5+5+5+5+5+5 ou fazer 7x5, para calcular quantos pontos obteve).
Outra alternativa é atribuir pontos diferentes, anotados nas garrafas com etiquetas, para favorecer a construção de diferentes procedimentos aditivos (por exemplo, se o aluno tiver derrubado cinco garrafas com os seguintes pontos: 13, 17, 25, 12 e 10, pode primeiro somar todas as dezenas 10+10+20+10+10=60 e depois as unidades: 3+7 dá 10, 10+5 dá 15, 15 +2 dá17, então juntar tudo: 60+17 é igual a 77) ou fazer primeiro as somas mais fáceis ("eu sei que 3 + 7 dá 10, então 17+13 é igual a 10+10+10 que dá 30, 25 mais 2 dá 27 e mais 10 dá 37 e se somar o 10 que falta, 47, esse número mais o 30 que eu tinha achado primeiro dá 77).
Fonte: https://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/